terça-feira, 21 de agosto de 2012

Pilates em Atletas


A combinação das técnicas terapêuticas do pilates e da acupuntura tem sido ótima no tratamento de dores, com resultados rápidos e duradouros. Enquanto a acupuntura trata dores e desarmonias energéticas, o pilates fortalece e corrige as estruturas físicas dando sustentação ao tratamento. Com a prática clínica, fui descobrindo que as duas técnicas são ótimas se trabalhadas de forma complementar e por isso resolvi postar um texto com uma breve introdução sobre o método Pilates, seu criador e a técnica, e como pode ser aplicada em atletas ou praticantes de atividade física, público alvo do blog.

O método Pilates nasceu na década de 20, na Alemanha, criado por Joseph Pilates, portador de raquitismo, asma e febre reumática. Filho de atleta olímpico, criou a técnica com base no ganho de massa muscular para suprir suas próprias necessidades, tendo reflexo, também, no fortalecimento do sistema imunológico dele e seus alunos.  A técnica foi amplamente divulgada pelo mundo com excelentes resultados em treinamentos e reabilitação corporais.

Um grupo de pessoas carente desse tipo de treinamento, é o de atletas. A rotina de atletas, independente da modalidade, é fisicamente muito estressante. Os treinamentos severos, técnicos e físicos, não impedem que o praticante se machuque, pelo contrário, são fatores agressivos para o corpo e podem causar queda no rendimento com o aparecimento de lesões e dores em regiões de sobrecarga como lombar e articulações de joelho, por exemplo.

O método Pilates consiste na união de 7 fatores fundamentais na rotina de qualquer atleta: força, coordenação dos movimentos, centralização, concentração, movimento fluido, precisão e respiração. Cada um desses fatores é o que diferencia esse tipo de técnica das demais. O Pilates deve ser usado para complementar os treinos, dando sustentação no controle da respiração e a centralização das forças na região do abdômen. Com esse método, também, conseguimos fortalecer e estimular pequenas musculaturas, como as articulares de joelhos e ombros, por exemplo. Outro fator importante, é a concentração do praticante na realização dos exercícios, pois, quanto maior a concentração, maior o recrutamento muscular para realização da tarefa.

O método Pilates é uma atividade completa com alongamento, fortalecimento, trabalho cardiovascular e relaxamento. A duração de uma aula é de 50 a 60 minutos e é sempre finalizada com massagem e mobilização de articulações, aliviando dores e tensões gerando a sensação de bem estar no praticante.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Gengibre com Moxa no controle de processos inflamatórios.


Começo pedindos desculpas pela baixa qualidade da foto, porém, ilustra uma técnica interessante no tratamento de lesões!

Essa foto foi tirada em outubro/2010, por mim, na Faculdade de Medicina Chinesa de Beijing/CN, durante um curso avançado de acupuntura. Ela mostra uma rodela de gengibre, em cima do ponto IG4*, coberto com moxa.

Nas lesões, tanto articulares, como ósseas ou musculares, o calor é encontrado nas regiões afetadas. O chamado de processo inflamatório, causa dor local e até aumento da temperatura geral corpórea em casos agudos. Para tratamento, tanto na medicina chinesa, como na ocidental, o primeiro passo é controlar esse processo inflamatório no local.

São várias as técnicas encontradas, nas duas medicinas, para controle do processo inflamatório local. Entre eles, o colocação de compressas frias, na região, nas primeiras 48h, a prescrição de anti-inflamatórios por um médico e a utilização de moxa com gengibre, por exemplo. Essa última como foco do post.

A técnica de gengibre com moxa, então, é utilizada para "tirar" calor do corpo. Não apenas em processos inflamatórios locais, como em pontos responsáveis pela manutenção dessa energia nos meridianos. Ela consiste na colocação de uma rodela de gengibre, podendo ser alho ou cebola também, e moxa, erva artemísia usada pela medicina chinesa para manutenção do calor no corpo.
Como já foi dito, essa técnica pode ser utilizada tanto em regiões lesionadas com presença de calor, como em pontos que controlam q quantidade de calor no corpo de forma geral.
Esse método é eficiente e muito utilizada no tratamento de lesões esportivas!

*O ponto IG4, He Gu, como curiosidade, significa Vale de União e é utilizado na liberação de calor do corpo. É indicado em casos de febre e inflamações agudas, principalmente. Na visão ocidental, o ponto IG4 seria chamado como ponto anti-inflamatório.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Lesões de Joelho e a MTC

As causas das dores e lesões de joelhos podem ser diversas: traumas, torções, sobrepeso, desgastes, inflamações articulares, entre outras. O fato é que essa articulação é a campeã em número de reclamações por dores, independentemente das causas. Não apenas em atletas e praticantes de atividades físicas, dores nos joelhos são queixas comuns em clínicas e academias.

O joelho é formado pela extremidade distal do fêmur, extremidade proximal da tíbia e a patela. Além dessas estruturas,  possui 4 ligamentos principais, responsáveis pela estabilização e os meniscos interno e externo, responsáveis pelo sistema de amortecimento. Essa articulação é responsável pelo flexão, extensão e rotações interna e externa dos membros inferiores. A quantidade de lesões, simples ou associadas, dessa articulação é enorme. Algumas delas podem acontecer pela falta do movimento de adução e abdução, movimentos que podem ser realizados pelos quadris e ombros, por exemplo, ou seja, com a limitação de tais movimentos, as estruturas dos joelhos podem ser expostas a dores e lesões . Entorses, ruptura de ligamentos, lesões de meniscos, estão entre os problemas  mais comuns, porém devemos citar, também, para  alguns problemas que afetam a estrutura energética do corpo: a falta de movimento articular, desvios de coluna e o sobrepeso. 

Pela medicina chinesa, a estrutura energética da articulação do joelho é formada por 6 meridianos: Bexiga, Vesícula Biliar, Rim, Baço-Pâncreas, Estômago e Fígado. Estes passam em torno do joelhos e são afetados diretamente nos casos de lesões nessa região. Em casos de traumas, o fluxo energético desses meridianos pode ser interrompido ou reduzido, gerando dor local e outros sintomas relacionados a cada meridiano, como olhos secos, sensação de cansaço e dores de estômago, por exemplo. Para ajudar na recuperação, um tratamento com medicina chinesa deve ser realizado paralelamente a fisioterapia e tratamento médico ou logo após esse  período, com o intuito de restabelecer o fluxo energético na região.

Além de  traumas, deve ser considerado também, dores por inatividade da articulação do joelho. Esse tipo de desarmonia pode ser diagnosticada através de uma anamnese detalhada, baseada em sintomas como os citados no parágrafo anterior, assim,  conseguimos tratar esse tipo de dor, normalizando o fluxo energético local. Esse é um típico caso de dores crônicas nos joelhos que a medicina ocidental não consegue tratar. Outra causa de dores no joelho é o sobrepeso, nesse caso, a acupuntura ajuda a aliviar dores momentaneamente, sendo que a causa, sobrepeso, deve ser tratada também com a harmonização da mandala energético do paciente.

Para tratamento de dores e lesões de joelho então, é importante descobrir antes a causa, se por traumas ou por desarmonias energéticas. A colocação de agulhas no local,  ajuda a movimentar o fluxo de energia estagnada ou reduzida na área afetada. . Junto com a colocação de agulhas locais, devemos considerar as desarmonias energéticas diagnosticadas na anamnese, assim como utilizar o ponto "mestre de tendões e ligamentos" e extra "olhos do joelho". A utilização da moxa, clinicamente, tem mostrado efeitos satisfatórios no controle da dor.

É importante lembrar a necessidade de uma avaliação médica antes de optar por qualquer tratamento

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Compressas quentes e frias no tratamento de lesões esportivas.

Um post sobre compressas quentes e frias pode ser um pouco polêmico pois existem várias maneiras de pensar e trabalhar o tema. Pensar diferente não significa estar errado, afinal, a própria medicina chinesa nos mostra que são infinitas as formas de pensar e trabalhar. O que importa são os resultados obtidos com o tratamento. Aqui nesse texto vou expor a minha forma de trabalhar e pensar sobre a utilização de gelo ou compressas quentes.

O gelo é usado como método de analgesia em traumas e lesões, com excelentes resultados, há muitos anos. Suas propriedades vasoconstritoras agem nas regiões afetadas diminuindo a temperatura tecidual, processo inflamatório e edema, promovendo assim a analgesia no local. É uma excelente técnica de tratamento imediato e lesões recentes. Porém, como a maioria dos métodos, alguns cuidados devem ser tomados. Assim como a redução do fluxo sanguíneo e da temperatura tecidual promovem a analgesia local, ocorre também a diminuição da oxigenação da área lesionada, reduzindo a capacidade de regeneração do tecidos. Outros fatores importantes que devemos observar, pelo mesmo motivo de redução de fluxo sanguíneo, são os problemas de circulação sanguínea nos membros superiores e inferiores, que podem se agravar com a utilização do gelo. Por esses motivos, a utilização da compressa fria para analgesia apenas nas primeiras 48h da lesão seria, ao meu ver,  o ideal.

Para tratamento a longo prazo, o mais indicado seriam as compressas quentes, pois além de atuar bem analgesicamente bloqueando o estimulo de dor enviado pelo cérebro, promove o relaxamento muscular, além do aumento do fluxo sanguíneo e oxigenação no local na lesão que, por consequência, atinge  maior capacidade de regeneração do tecido lesionado. Assim, estimulando esse processo através do calor, o tempo de recuperação da lesão é menor. É importante observar que, para melhor uso da compressa quente, esta deve ser feita após o período de inflamação agudo, as primeiras 48h após a lesão.

*Para evitar queimaduras na pele, um pano deve ser colocado entre a pele e a compressa, tanto quente, como fria.

Outro método interessante, incluído em compressas quentes, é a utilização de moxa, técnica que usa o calor provocado pela queima de uma erva chamada artemísia. Foi observado em praticantes de atividades físicas que, tanto na utilização imediata como para tratamento, a moxa tem efeitos de analgesia e reabilitação dos tecidos, além disso, tem a propriedade de aquecer e movimentar a energia nos meridianos que passam no local da lesão.

A orientação da melhor técnica para tratamento de lesões deve ser feita por um profissional da área da saúde, logo após uma avaliação clínica da área lesionada. Em casos de edemas, hematomas e dores intensas, é necessário consultar um médico para exames mais detalhados.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Acupuntura Preventiva

Esse é um assunto que insisto bastante com pacientes, alunos e familiares e por sugestão de um amigo, resolvi transformar em post.

A medicina chinesa é fundamentada no princípio do equilibrio energético. Isso significa que, nós terapeutas, temos a função de restabelecer, nao só através da acupuntura, mas também alimentação e hábitos, as condiçoes do fluxo energetico do paciente.
Como ja disse em outro post, uma das formas de diagnóstico energético é feito através de uma mandala, formada por cinco elementos, fogo, terra, metal, agua e madeira. Essa mandala, se funcionando em equilíbrio, é sinônimo de saúde.

Cada elemento da mandala é regido por órgãos, como o fígado na madeira e o pulmão no metal, e cada um deles possue sensacoes e emocoes características, como a euforia do fogo e a preocupaçao da terra. Essa estrutura formada por orgaos, sensacoes e emocoes sào interligadas de forma que dependam umas das outras para funcionar de formar eficiênte.

O termo acupuntura preventiva foi criado por nós, ocidentais, que temos por hábito tratar as doenças e nao o paciente. A proposta desse método é corrigir pequenas desarmonias resultantes dos habitos de vida cotidiana do individuo, como estresse de trabalho, má alimentação e falta de disposição, ou desequilibrios energéticos congênitos, como por exemplo, a deficiência da energia do Rim, considerada pela Medicina Chinesa, como a essência da vida, herdada dos pais.

Durante a prática de atividades físicas ocorre a circulação da energia Qi nos meridianos, porém se essa atividade for em excesso, o fluxo energético pode estagnar nas regiões onde a exigência física for maior. Nessa caso, seria uma situação onde a desarmonia ocorre de dentro para fora, ou seja, o fluxo energético nao conseguiu se restabelecer após uma sobrecarga de energia em determinado músculo ou articulação. Nesse caso, o tratamento preventivo ajudaria a controlar a desarmonia energética nos meridianos. Outra situação seria onde os traumas, fraturas e entorses, fatores externos, fazem com que a energia em determinada região seja interrompida ou limitada. Esse é um caso onde pode ser necessário uma intervenção cirúrgica ou imobilização, por exemplo. Nas duas situações, a medicina chinesa acredita que com um método preventivo, corrigindo aos poucos as desarmonias responsáveis pelo excesso de preocupação, falta de motivação e ansiedade, esses tipos de lesões poderiam ser evitadas. É importante salientar a necessidade de tratar os aspectos emocionais em praticantes de atividade física e principalmente em atletas profissionais e amadores.

A técnica de tratamento preventivo tem início com um diagnóstico detalhado de toda a estrutura energética do indivíduo, incluindo qualidade de sono e funcionamento dos intestinos. Nele, encontramos as síndromes de excesso e deficiência, ou seja, as desarmonias dos meridianos energéticos.

Em ambos o sexos dos praticantes, a proposta do método preventivo é manter o livre fluxo do Qi nos meridianos energéticos, evitando que essa energia os obstrua gerando dores e lesões, além de proporcionar melhor concentração e controle de ansiedade. Nas mulheres, é encontrado o agravante hormonal nos períodos mentruais. Esse, quando tratado de forma constante também pode ser harmonizado e controlado, favorecendo a atleta em épocas de competições.

É importante lembrar que a alimentação e hábitos cotidianos contribuem para o método preventivo.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Lesões de ombros no Rugby

Como a proposta desse blog é dividir com o leitor as experiências obtidas no tratamento de lesões esportivas através da acupuntura, nada melhor que postar um texto sobre a experiência de ser um dos indivíduos tratados pelo método.  Para evitar que o texto fique longo e cansativo, optei por usar links de sites sobre os assuntos: Rugby e Ombro
O rugby é um esporte de intenso contato físico e como qualquer outro, possui lesões características. Problemas com ombros são comuns em jogadores da defesa, os forwards. Estes participam de jogadas e formações* durante os jogos/ treinos, que exigem força e estabilidade da cintura escapular (ombros, braços e porção cervical da coluna). Em 2009, jogando rugby, tive uma lesão de ombro diagnosticada como luxação da articulação esterno-clavicular e rompimento de um dos ligamentos, sem indicação cirúrgica. O tratamento principal foi pelas técnicas ocidentais de imobilização, repouso, compressas quentes e medicações alopáticas analgésicas e para conter dor e o processo inflamatório. Junto com as sessões de fisioterapias, começaram as sessões de acupuntura e esta é a parte que nos interessa.
 *exemplo de formações no rugby: scrumruck
Por definição, o ombro é um sistema articular complexo formado por um conjunto de músculos e pequenas articulações, cuja função é promover movimentos dos braços como elevação, rotação, adução e abdução. Por motivo de traumas, movimentos repetitivos ou má postura, essas estruturas podem sofrer lesões e/ou processos inflamatórios gerando dores locais, edemas, rompimento de estruturas ligamentares ou tendinosas com indicação cirúrgica ou não.
Na visão da medicina chinesa, independente da causa externa da lesão, ocorre a obstrução da energia Qi nos meridianos energéticos dos Intestinos e Pulmão localizados nos ombros. Essa obstrução causa dores locais e sintomas relacionados aos meridianos, como alteração no funcionamento dos intestinos. Para diagnosticar o local exato das obstruções, além dos exames clínicos ocidentais, deve ser realizada a palpação do local para encontrar o ponto Axi, ponto de dor. Para completar o diagnóstico, a avaliação de pulso e língua*.
*Métodos usados para auxiliar nos diagnósticos. Segundo a medicina chinesa, a alteração energética corporal é refletida na estrutura da língua e no ritmo e fluxo sanguíneo do pulso.
Para tratamento de tais lesões, o uso de agulhas nos pontos de dor, Axi, combinados com pontos pertencentes mesmo meridiano, porém, distantes do local da lesão, promove a circulação do fluxo energético estagnado. Esse procedimento alivia dores e ajuda na cicatrização dos tecidos lesionados. Em caso de fraturas de ossos, o ponto "mestre dos ossos", pode ser tonificado para auxiliar no processo de cicatrização, bem como o ponto "mestre de tendões e ligamentos". As compressas quentes e o uso da queima da erva artemísia são ótimas opções para o controle da dor*.
*Em breve, post sobre prós e contras das compressas quentes e frias.
Os tratamento acima citado, teve resultados excelentes no processo de recuperação pós período de imobilização. Foi observado eficácia na fase de analgesia e menor tempo de recuperação dos movimentos do braço, mesmo considerando a limitação física do deslocamento da clavícula pela luxação.
Existem outros tipos de lesões de ombros, como a do manguito rotador por exemplo, comum em jogadores de volei e nadadores. Será assunto para um próximo post.
Referências:

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Lesões: Entorses e a MTC


As entorses são caracterizadas pela medicina ocidental como distensões excessivas das estruturas que garantem a estabilidade das articulações. Podem ser causadas por traumas ou movimentos bruscos que tais articulações não estão habilitadas. Além das distensões, pode ocorrer o rompimento parcial ou total de estruturas ligamentares, associadas ou não às lesões da capsula fibrosa que reveste a articulação. Esse tipo de lesão é, então, classificado pelo grau de lesão da articulação, podendo ser leve, moderada ou grave.
O tratamento sugerido pela medicina ocidental é baseado em repouso, se possível absoluto, prescrição de analgésicos e antiinflamatórios, crioterapia (gelo) e intervenções cirúrgicas em casos de rompimento de tecidos.
Na medicina chinesa, as causas das entorses são, obviamente, as mesmas. Porém, alguns terapeutas atribuem causas emocionais como ansiedade, distrações, excessos de preocupações para explicar o motivo da causa. Explicando melhor, algum desequilíbrio energético desse indivíduo levaria a causa da entorse. Um exemplo: Se um atleta, de qualquer modalidade, devidamente treinado para uma competição, é acometido por uma lesão, o estado mental justificaria tal descuido, como excesso de ansiedade ou cobrança. Assim, como na MTC o indivíduo é visto como um todo, deve-se tratar o estado emocional também.
Como diagnóstico na MTC, então, as entorses são vistas como estagnação da energia Qi nos meridianos energéticos das áreas afetadas.  Como tratamento, agulhas no local e a tonificação de pontos que regem as estruturas ligamentares e tendinosas, bem como pontos analgésicos e antiinflamatórios. No lugar do gelo, o tratamento com a queima da erva Artemísia (moxa) no local, tem mostrado ótimos resultados no controle da dor. (em breve, post sobre os prós e os contras do quente e frio, na visão da MTC)
Cabe como curiosidade aqui o fato de que na MTC (medicina tradicional chinesa), os tendões e ligamentos são regidos pelo fígado, que pertence ao elemento madeira, devido a isso, sintomas como tonturas, dores de cabeça, irritação e olhos secos podem ser associados com as lesões de tecidos articulares.
Em casos graves com ruptura de tecidos articulares, e intervenções cirúrgicas, a acupuntura é usada com o mesmo objetivo de mover a energia Qi no local da lesão. No pós-cirurgico, a colocação de agulhas no local é usada, também, para tratar as cicatrizes que “cortam” meridianos, restabelecendo o fluxo de energia Qi nos mesmos.
 Vale lembrar, que a união das técnicas da medicina ocidental e oriental pode ter ótimos resultados se houver respeito dos métodos de cada profissional. A opção pela técnica oriental não descarta a necessidade de uma avaliação médica ocidental em casos de entorses graves.